Bom Negócio no Rio de Janeiro – oportunidades para empreender e investir em 2026
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ToggleTurismo, óleo & gás, logística e economia criativa no estado do Rio de Janeiro
Em 2026, com um cenário mais equilibrado e promissor do que em boa parte da última década, este é o momento ideal para fazer um bom negócio no Rio de Janeiro.
Após recuperação consistente entre 2023 e 2025 — com crescimento acima da média nacional em vários trimestres e recorde histórico de mais de 79.424 novas empresas abertas até novembro (JUCERJA) —, o estado chega ao novo ano com economia mais diversificada, reduzindo a dependência do óleo & gás e ganhando força em turismo, expansão portuária, economia criativa, tecnologia e serviços digitais.
Com PIB em torno de R$ 1,3 trilhão (Firjan, base 2024/2025) e participação de 11-12% no nacional, o Rio mantém a segunda posição no ranking brasileiro, atrás apenas de São Paulo (na faixa de 30%) e à frente de Minas Gerais (na faixa de 9%).
Para 2026, projeções da Firjan apontam crescimento entre 2,6% e 3,3%, sustentado por investimentos em infraestrutura (ex: R$ 948 milhões na expansão portuária até 2029), boom turístico e novas fronteiras produtivas com potencial de gerar até 676 mil empregos adicionais na próxima década.
Esse retorno ao radar dos investidores vem da combinação de escala metropolitana, vocação logística, incentivos fiscais ainda relevantes (apesar dos ajustes) e lições de diversificação tiradas de crises passadas.
Diferente de São Paulo (foco industrial/tech pesado) ou Minas Gerais (mineração/agro forte), o Rio destaca-se em serviços premium, experiências turísticas e hubs como o Porto Maravalley.
Este guia prático, baseado em dados de 2025 e tendências já contratadas para 2026, é para você: empreendedor experiente buscando expansão, investidor avaliando alternativas ao eixo SP-MG ou profissional planejando negócios em setores de alto crescimento.
Aqui você encontra análise objetiva de oportunidades, incentivos, custos reais, infraestrutura, desafios e cases — tudo para decisões estratégicas, sem promessas vazias.
Panorama econômico atual do Rio de Janeiro e perspectivas para 2026

Em 2025, o Rio consolidou a retomada e manteve desempenho acima da média nacional em indicadores-chave.
O PIB fluminense cresceu 3,9% em 2024 (Firjan), superando os 3,4% do Brasil, e os trimestres de 2025 mostraram resiliência — destaque para o segundo trimestre, com avanço de cerca de 1,8% na atividade, impulsionado pela indústria extrativa (pré-sal) e serviços.
O mercado de trabalho melhorou gradualmente: a taxa de desemprego oscilou entre 9,3% no Q1 (IBGE) e cerca de 7,5% no Q3, ainda acima da média nacional, mas em clara queda.
Para o empreendedor, isso significa maior disponibilidade de mão de obra qualificada — especialmente em serviços, turismo, comércio e atividades técnicas —, com custos salariais competitivos em relação a polos como São Paulo.
Outro destaque foi o ambiente empreendedor: 2025 bateu recorde de formalizações, com mais de 79.424 novas empresas abertas até novembro (JUCERJA), refletindo a maior fluidez do processo de abertura e o retorno da confiança empresarial.
Tabela: Principais indicadores econômicos – RJ x Brasil (2025)
| Indicador | Rio de Janeiro (2025) | Brasil (média 2025) |
|---|---|---|
| Crescimento do PIB | Trimestres positivos (~3% ao ano) | ~2–2,5% |
| Desemprego | 7,5–9,3% (em queda) | ~6–7% |
| Aberturas de empresas | > 79.424 (recorde histórico) | Alta nacional |
| Visitantes internacionais | 744 mil (capital) | — |
Fonte: Firjan, IBGE, JUCERJA e Embratur (dados consolidados de 2025).
Para 2026, as projeções são cautelosas, mas positivas: a Firjan estima crescimento entre 2,6% e 3,3%, com pilares em óleo & gás, construção/infraestrutura, serviços (cerca de 75-80% do PIB estadual) e logística/comércio exterior.
Um estudo recente da Firjan (dezembro 2025) reforça o potencial de longo prazo: com estímulos a nove novas fronteiras de desenvolvimento — incluindo transição energética, economia digital e audiovisual —, o estado pode gerar até 676 mil empregos adicionais na próxima década.
Isso cria oportunidades reais para negócios escaláveis, desde que alinhados a incentivos e polos regionais.
Setores em alta e oportunidades de negócio para 2026
A economia fluminense segue ancorada em serviços (cerca de 75–80% do PIB estadual), mas avança de forma consistente na diversificação. Estudo da Firjan (dezembro de 2025) mapeia nove novas fronteiras produtivas, com potencial de gerar até 676 mil empregos e R$ 210 bilhões adicionais no PIB industrial ao longo da próxima década.
Na prática, para 2026, os setores com maior tração real — tanto para empreender quanto para investir — são os seguintes:
1) Turismo e eventos
Alta demanda + tíquete médio elevado
O turismo bateu recordes em 2025, com 744 mil visitantes internacionais na capital e impacto superior a US$ 1,6 bilhão em eventos. Para 2026, as projeções indicam crescimento adicional, favorecendo negócios com alto giro, boa margem e demanda recorrente.
Oportunidades mais promissoras (2026):
- Experiências premium e sustentáveis (roteiros, passeios, “turismo de propósito”)
- Serviços para eventos corporativos (produção, montagem, audiovisual, catering)
- Hospedagem alternativa profissionalizada (gestão de imóveis, concierge, limpeza premium)
- Gastronomia temática e “food experience” em áreas turísticas
Onde tende a performar melhor:
Zona Sul, Centro revitalizado, Porto Maravilha e Barra da Tijuca.
2) Óleo & gás
Cadeia resiliente + contratos recorrentes
O setor permanece estruturante para a economia fluminense, impulsionado por novas plataformas no pré-sal e pela manutenção de operações já existentes. O melhor caminho para novos entrantes não é competir com grandes operadoras, mas ocupar nichos especializados da cadeia.
Oportunidades mais promissoras (2026):
- Manutenção especializada e serviços técnicos (NRs, inspeções, calibração)
- Logística offshore (armazenagem, transporte, suprimentos operacionais)
- Treinamento e certificações para mão de obra técnica
- Serviços B2B de bastidor (facilities, segurança, terceirização técnica)
Onde tende a performar melhor:
Norte Fluminense (Macaé e Campos dos Goytacazes) e polos industriais da Baixada.
3) Logística e portos

Expansão física + demanda por eficiência
A expansão portuária com investimento privado de R$ 948 milhões (2025–2029) deve elevar em cerca de 70% a capacidade do terminal de contêineres (de 440 mil para 750 mil TEU/ano). Isso consolida o Rio como hub logístico estratégico para o Sudeste e Centro-Oeste.
Oportunidades mais promissoras (2026):
- Transporte, armazenagem e distribuição focados em B2B e e-commerce
- Despacho aduaneiro e serviços de comércio exterior para PMEs
- Logística refrigerada (alimentos e farmacêutico)
- Soluções de eficiência operacional (rastreamento, roteirização, gestão de frota)
Onde tende a performar melhor:
Itaguaí, Sepetiba, entorno portuário e eixos rodoviários estratégicos.
4) Tecnologia e startups
Escalabilidade + soluções práticas
O ecossistema acelerou em 2025: o Porto Maravalley concentrou startups que captaram R$ 154,9 milhões, com média de R$ 8,2 milhões por empresa. Para 2026, a economia digital segue como uma das fronteiras mais promissoras.
Oportunidades mais promissoras (2026):
- B2B SaaS pragmático (automação comercial, financeiro, RH, compliance)
- Healthtechs e serviços digitais para clínicas e operadoras
- Soluções para turismo e eventos (agendamento, pagamentos, CRM)
- IA aplicada a negócios reais (automação de atendimento, análise de dados, copilotos internos)
Onde tende a performar melhor:
Centro, Porto Maravilha, eixo tecnológico e Niterói (serviços qualificados).
5) Economia criativa e audiovisual
Vantagem competitiva local + monetização de talento
O Rio mantém liderança nacional em audiovisual, publicidade, música, moda e produção cultural, com alta concentração de talentos e incentivos específicos. O diferencial está em transformar serviços criativos em produtos escaláveis — e não depender apenas de projetos pontuais.
Oportunidades mais promissoras (2026):
- Estúdios e produção de conteúdo para marcas (modelos de assinatura/recorrência)
- Pós-produção, motion e captação para e-commerce e mídia digital
- Eventos e experiências de marca (ativações, cenografia, direção criativa)
- Educação criativa (cursos práticos, mentorias e formações especializadas)
Onde tende a performar melhor:
Zona Sul, Centro e polos criativos conectados a hubs de inovação.
Principais polos e cidades para investir em 2026
O estado do Rio de Janeiro oferece polos econômicos bem definidos, com vocações distintas que refletem sua diversidade geográfica e produtiva. Essa estrutura permite adaptar estratégias conforme risco, capital, setor e infraestrutura disponível (mapeamentos Firjan e estudos como Mapa do Desenvolvimento).
Cidade do Rio de Janeiro (Capital e Região Metropolitana)
Concentra serviços avançados, turismo, tecnologia e economia criativa. Áreas como Centro, Zona Sul, Barra da Tijuca e Porto Maravilha atraem sedes corporativas, hubs de inovação e eventos internacionais. Ideal para experiências premium, startups e serviços B2B, impulsionado pelo recorde turístico de 2025 e projeções de crescimento para 2026.
Duque de Caxias e Baixada Fluminense
Polo industrial consolidado, focado em logística, petroquímica e manufatura. Duque de Caxias destaca-se pela REDUC e atraiu bilhões em investimentos privados em 2025 (em torno de R$ 4-6,5 bilhões, Firjan). Perfil acessível em custos, perfeito para indústrias de médio porte e distribuição.
Itaguaí e Sepetiba
Vocação para portos, logística pesada e comércio exterior. O complexo recebe investimentos massivos (R$ 948 milhões até 2029), elevando capacidade de contêineres e posicionando a região como hub de exportações. Oportunidades em armazenagem, transporte e serviços offshore.
Niterói
Destaque em serviços qualificados, educação superior, tecnologia e inovação. Eleita a 3ª cidade mais inteligente do Brasil no Ranking Connected Smart Cities 2025, com foco em TIC e startups. Atrai talentos de alta qualificação e oferece qualidade de vida superior.
Norte Fluminense (Macaé e Campos dos Goytacazes)
Núcleo tradicional do óleo & gás, com revitalização de campos e novos projetos no pré-sal. Macaé consolida-se como polo energético, com eventos como Macaé Energy 2026 e investimentos bilionários da Petrobras. Alta demanda por fornecedores e serviços técnicos.
Essa diversidade — da metrópole criativa à indústria pesada — permite estratégias sob medida: baixo risco em serviços urbanos ou alto retorno em energia/logística. Escolha o polo alinhado ao seu negócio para maximizar incentivos e infraestrutura.
Incentivos fiscais e programas de apoio para 2026

O Rio de Janeiro mantém mecanismos relevantes de incentivo ao desenvolvimento econômico, embora em processo de ajuste fiscal gradual até 2032, conforme lei aprovada pela Alerj em dezembro de 2025 (alteração na Lei 8.645/2019).
Essa recomposição visa equilíbrio das contas públicas, com aumento progressivo nos depósitos ao Fundo Orçamentário Temporário (FOT) para empresas beneficiadas — de 10% atual para até 20% em não onerosos e 18,18% em onerosos já em 2026, escalonando até 60% em 2032 (com exceções para setores como interior e metalmecânico).
Em 2025, a Comissão Permanente de Políticas para o Desenvolvimento Econômico (CPPDE) aprovou R$ 55,9 milhões em investimentos apenas nos primeiros meses (viabilizando cerca de 1 mil empregos), com foco em expansão de empresas existentes e atração de novos projetos.
Os principais regimes especiais incluem:
- Atacadistas: Regime diferenciado (Lei 9.025/2020), com redução de base de cálculo ou crédito outorgado — representou 34% dos processos deferidos em 2025.
- Logística e portos: Benefícios para operações em infraestrutura, alinhados à expansão portuária.
- Indústria: Reduções via FUNDES (Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social) e CODIN, incluindo financiamento para terreno/infraestrutura em projetos prioritários.
- Projetos estruturantes: Enquadramento individual via CPPDE/CODIN, com incentivos personalizados (ex: crédito presumido, diferimento de ICMS) para investimentos de grande porte.
Tabela: Principais incentivos fiscais disponíveis para 2026
| Setor/Projeto | Benefício principal | Órgão responsável | Como acessar |
| Atacadista/Logística | Redução ICMS ou crédito outorgado | CPPDE/CODIN | Pleito via CODIN + análise CPPDE |
| Indústria geral | FUNDES (financiamento infra) + diferimento | CODIN/FUNDES | Projeto técnico à CODIN |
| Projetos estruturantes | Regimes personalizados | CPPDE | Submissão detalhada com contrapartidas |
| Interior/Metal-mecânico | Exceções ao ajuste FOT | SEFAZ/CODIN | Enquadramento regional |
(Fontes: CODIN, CPPDE, Alerj)
Além dos incentivos estaduais, programas municipais complementam o apoio, especialmente para micro e pequenos empreendedores.
O Empreenda.Rio (Prefeitura do Rio, parceria com Agência Besouro) oferece cursos gratuitos de empreendedorismo, gestão financeira, marketing digital e mentoria (turmas abertas para 2026, com inscrições contínuas). Já capacitou centenas em 2025, com foco em vulneráveis e formalização MEI.
Para 2026, o ponto-chave é o planejamento tributário consciente: consulte profissionais para avaliar enquadramento atual (antes dos ajustes mais intensos) e evitar dependência exclusiva de benefícios temporários. A CODIN atua como porta de entrada gratuita para orientação.
Infraestrutura e logística para 2026
A infraestrutura segue como um dos maiores ativos do estado do Rio de Janeiro, com investimentos robustos anunciados no final de 2025 que impulsionam a competitividade logística para 2026.
O complexo portuário, aeroportuário e rodoviário posiciona o RJ como hub estratégico para o Sudeste e Centro-Oeste, reduzindo gargalos operacionais e custos para empresas em setores como comércio exterior, turismo e indústria.
Portos
O Porto do Rio registrou crescimento expressivo em 2025: alta de 14% na movimentação de cargas em novembro (Ministério de Portos e Aeroportos) e cerca de 25% no primeiro semestre (Antaq).
Para 2026-2029, o terminal de contêineres Rio Brasil Terminal (operado pela ICTSI) recebe R$ 948 milhões em investimentos privados, anunciados em dezembro de 2025.
O projeto eleva a capacidade em 70% (de 440 mil para 750 mil TEU/ano), com novos guindastes a partir de meados de 2026. Isso consolida o porto como hub para contêineres e comércio exterior.
Aeroportos
Galeão (internacional) e Santos Dumont conectam o RJ aos principais mercados nacionais e globais.
Em 2025, o Galeão movimentou cerca de 14,2 milhões de passageiros nos primeiros meses (Anac) e avançou na repactuação contratual, com leilão de venda assistida previsto para março de 2026.
O Santos Dumont recebeu R$ 42 milhões em melhorias e tem mais R$ 300 milhões em obras em andamento, com novos investimentos para 2026.
Rodovias
Acesso estratégico a SP, MG e ES via BR-101 (concessionada Autopista Fluminense) e BR-040 (leiloada em 2025 para trecho JF-Rio).
Concessões federais e estaduais garantem manutenção e melhorias, facilitando escoamento de cargas e mobilidade.
Energia e telecomunicações
Oferta estável de energia (impulsionada por projetos como UTEs no Porto do Açu) e telecom em expansão (5G consolidado).
Investimentos privados em distribuição (ex: Enel RJ com R$ 6,1 bilhões até 2027) garantem confiabilidade para indústrias e data centers emergentes.
Tabela: Principais investimentos em infraestrutura (2025–2029) e impacto para 2026
| Modal | Investimento principal | Impacto para 2026 |
|---|---|---|
| Portos (ICTSI) | R$ 948 milhões | +70% capacidade de contêineres |
| Aeroportos | R$ 300+ milhões (Santos Dumont) | Mais conforto e melhor fluxo |
| Rodovias | Concessões federais/estaduais | Melhor escoamento SP/MG/ES |
Fontes: Ministério de Portos e Aeroportos, Anac e ICTSI.
Essa base reduz gargalos logísticos, melhora a competitividade de empresas bem posicionadas e atrai novos investimentos em 2026.
Mercado de trabalho e talento disponível para 2026
A queda gradual do desemprego ao longo de 2025 ampliou a oferta de mão de obra no Rio de Janeiro, criando um ambiente favorável para empresas em expansão.
Em 2025, o estado gerou mais de 97 mil empregos formais até setembro (Novo Caged), com destaque para setembro (16 mil vagas, segundo maior saldo nacional).
Essa tendência sinaliza para 2026 maior disponibilidade de profissionais em setores como serviços, turismo, tecnologia e óleo & gás.
A taxa de desemprego oscilou entre 9,3% no Q1 (IBGE) e cerca de 7,5% no Q3, ainda acima da média nacional, mas em clara tendência de queda.
Para o empreendedor, isso significa acesso abundante a talentos qualificados, especialmente jovens e profissionais de nível médio/superior, com custos salariais competitivos em comparação a São Paulo.
O Rio concentra instituições de excelência que formam talentos alinhados aos setores em alta:
- UFRJ: Maior centro de engenharia da América Latina (Coppe), com forte formação em engenharia (petróleo, produção, computação) e tecnologia. O Parque Tecnológico da UFRJ impulsiona inovação e parcerias com indústria.
- PUC-Rio: Destaque em engenharia, tecnologia da informação, comunicação e economia criativa, com ênfase em inovação e pesquisa aplicada.
- UFF e CEFET-RJ: Formação técnica em turismo, engenharia e serviços.
Tabela: Salários médios mensais por setor no Rio de Janeiro (base 2025)
| Setor | Salário médio mensal (R$) | Observação |
|---|---|---|
| Serviços e Turismo | 3.000 – 4.500 | Competitivo para nível médio |
| Tecnologia e Startups | 5.000 – 8.000 | Alta demanda por profissionais qualificados |
| Óleo & Gás / Engenharia | 6.000 – 12.000 | Níveis premium em polos como o Norte Fluminense |
Fonte: IBGE, Caged e Glassdoor (valores aproximados – base 2025).
Em 2026, com projeções de mais vagas formais, o desafio será atração e retenção via pacotes atrativos e localização estratégica.
Custo de vida e operação para empresas em 2026
Os custos de operação no Rio de Janeiro variam significativamente conforme o polo escolhido, permitindo estratégias adaptadas ao orçamento e ao setor.
Enquanto áreas premium na capital concentram valores elevados — semelhantes ou superiores aos de São Paulo em bairros nobres —, polos secundários como Baixada Fluminense, Itaguaí ou Norte Fluminense oferecem maior competitividade.
Em geral, o custo total de operação pode ser 8-12% inferior ao de São Paulo em localizações equivalentes (dados comparativos Expatistan/FIPEZAP 2025), especialmente com incentivos fiscais.
Aluguel comercial (valores médios por m², base ZAP/VivaReal e FIPEZAP 2025):
- Centro: R$ 18-50/m² (média R$ 30-40/m² para salas classe A).
- Zona Sul premium (Leblon/Ipanema): Até R$ 181/m².
- Barra da Tijuca: R$ 80-150/m² em condomínios empresariais.
- Polos secundários (Baixada/Niterói): R$ 20-60/m².
Salários
Moderados em serviços e comércio (média admissão em torno de R$ 2.200-2.300, Firjan/Caged 2025), mais elevados em óleo & gás (R$ 6-12 mil) e tecnologia (R$ 5-8 mil).
Comparado a SP, o RJ oferece salários geralmente mais baixos em níveis médios, compensando com maior oferta de mão de obra.
Impostos e energia
ICMS interno efetivo em torno de 20-22% (com FECP), dentro da média Sudeste, mas com regimes especiais reduzindo carga em setores incentivados.
Energia elétrica empresarial é ponto de atenção: tarifa convencional cerca de R$ 1,47/kWh (mais alta do Brasil, Clarke Energia/ANEEL 2025) — migração para mercado livre pode cortar até 30%.
Tabela: Custos operacionais médios – Rio de Janeiro x São Paulo (base 2025)
| Item | Rio de Janeiro (média) | São Paulo (média) |
|---|---|---|
| Aluguel comercial (m² premium) | R$ 100 – 181 | R$ 80 – 150 |
| Salário médio de admissão | R$ 2.200 – 2.300 | R$ 2.400 – 2.500 |
| Energia elétrica (kWh empresarial) | ~ R$ 1,47 | ~ R$ 0,90 – 1,00 |
Fonte: FIPEZAP, Firjan, Clarke Energia e Caged (valores aproximados – base 2025).
Em polos secundários ou com planejamento (mercado livre de energia, incentivos), o Rio pode ser mais competitivo que São Paulo no custo total de operação.
Passo a passo para abrir seu negócio no Rio de Janeiro (2026)
Em 2026, abrir empresa no Rio é um processo majoritariamente digital:
- Consulta de viabilidade via Redesim.
- Registro na JUCERJA.
- Emissão de CNPJ.
- Inscrições estadual e municipal (quando aplicável).
- Alvarás e licenças (muitos já digitais em atividades de baixo risco).
Em muitos casos, o processo pode ser concluído em poucos dias, o que explica o recorde recente de formalizações.
Abrir do zero ou comprar um negócio pronto no RJ?
Para quem busca velocidade, previsibilidade e geração imediata de caixa, comprar um negócio já em operação pode ser a alternativa mais eficiente — especialmente no Rio, onde muitos setores contam com pontos comerciais valiosos, clientela recorrente e equipes treinadas.
Vantagens de comprar um negócio pronto:
- Entrada mais rápida em operação.
- Histórico de faturamento e clientes.
- Processos já testados.
- Licenças e alvarás existentes (quando transferíveis).
Pontos de atenção:
- Qualidade do fluxo de caixa e margens.
- Passivos trabalhistas e tributários.
- Dependência excessiva do antigo dono.
Antes de fechar negócio, é fundamental realizar valuation e due diligence mínima, para não comprar risco oculto.
Para quem busca velocidade, previsibilidade e geração imediata de caixa, vale conhecer os [negócios à venda no Rio de Janeiro], com empresas já operando e faturamento comprovado.
Desafios e como superá-los em 2026
Embora o Rio de Janeiro ofereça oportunidades robustas, persistem desafios estruturais que demandam planejamento cuidadoso.
Dados de 2025 mostram que, apesar da recuperação econômica, questões como informalidade elevada, segurança regionalizada e resquícios burocráticos ainda impactam o ambiente de negócios.
A boa notícia é que esses obstáculos são gerenciáveis com estratégias assertivas e escolha de polo adequada.
Informalidade elevada
No primeiro trimestre de 2025, cerca de 37% da força de trabalho fluminense estava no mercado informal (IBGE/Firjan), taxa superior à média nacional.
Isso gera concorrência desleal, especialmente no comércio varejista e serviços.
Como superar: Formalize desde o início via Redesim/JUCERJA (processo digital em dias), busque regimes tributários simplificados (Simples Nacional) e diferencie-se com compliance, certificações e atendimento premium.
Segurança em algumas regiões
Em 2025, houve variações em indicadores como roubo de cargas (alta de cerca de 28% em alguns períodos, ISP).
Regiões como Baixada e partes da Zona Norte concentram riscos maiores, impactando logística e varejo físico.
Como superar: Priorize polos mais seguros (ex: Barra, Niterói, Centro revitalizado ou Norte Fluminense industrializado).
Use seguros empresariais, monitoramento digital, rotas logísticas otimizadas e parcerias com associações comerciais.
Burocracia residual
Apesar da desburocratização significativa em 2025, resquícios persistem em licenças municipais específicas, vigilância sanitária ou enquadramentos complexos.
Como superar: Use plataformas digitais da JUCERJA/Redesim (abertura em horas para maioria), contrate assessoria contábil especializada e planeje com antecedência alvarás via integração automática.
A mitigação geral passa por escolha estratégica do polo, compliance rigoroso, gestão financeira profissional, visão de longo prazo e aproveitamento de programas como Empreenda.Rio.
Empresas que adotam essas práticas não só sobrevivem, mas escalam em um mercado resiliente.
Cases de sucesso e histórias inspiradoras para 2026
Empresas e empreendedores que prosperaram no Rio de Janeiro nos últimos anos comprovam que, com estratégia clara, localização adequada e gestão profissional, é possível superar desafios e escalar de forma sustentável.
Aqui estão alguns exemplos reais e inspiradores, baseados em resultados de 2025 que projetam tendências positivas para 2026.
Startups no ecossistema do Porto Maravalley
O hub de inovação na Zona Portuária consolidou-se como referência nacional em 2025.
Das 44 startups residentes, 19 captaram investimentos que somaram R$ 154,9 milhões — média de R$ 8,2 milhões por empresa (estudo “Maravalley em Dados”, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico).
O sucesso reflete infraestrutura moderna, redução de ISS para 2%, proximidade com o IMPA Tech e conexões internacionais — fatores que projetam ainda mais captações para 2026.
Empresas logísticas beneficiadas pela expansão portuária
A ICTSI Rio Brasil Terminal anunciou em dezembro de 2025 investimento privado de R$ 948 milhões (2025-2029), elevando a capacidade em 70%.
Essa expansão beneficiou empresas de logística e comércio exterior, com aumento de 14% na movimentação em 2025.
Fornecedores locais reportaram crescimento em contratos e eficiência operacional — exemplo de como infraestrutura pública-privada cria cadeia de valor.
O padrão é claro: quando você alinha setor + polo + execução, o Rio recompensa. Em 2026, a vantagem vai para quem entra com dados, processo e foco em escala.
Conclusão: 2026 é o momento para investir no Rio de Janeiro?
Sim — para quem planeja bem.
O Rio entra em 2026 com economia mais diversificada, infraestrutura em expansão e ambiente de negócios mais previsível do que no passado recente.
Não é um mercado para improviso, mas oferece escala, mercado consumidor e oportunidades reais para empreendedores preparados.
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Acesse agora e transforme oportunidades em resultados.
Em 2026, o Rio de Janeiro não é um mercado para improviso — é um mercado para quem planeja, analisa dados e executa com estratégia.