Startups e PMEs: Como a Avaliação Está Mudando no Brasil em 2026
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Toggle🌐 O novo cenário de valuation no Brasil: avaliação de startups e PMEs em 2026
Desde 2024 o Brasil vive a maior reviravolta no mercado. A avaliação de startups e PMEs em 2026 terá uma evolução ainda maior. Segundo o relatório ABVCAP + PwC 2025, o volume investido em venture capital caiu 42% desde o pico de 2021. Porém, enquanto o dinheiro “de risco” diminuiu, o mercado de M&A com foco em PMEs lucrativas cresceu: o número de negócios fechados aumentou 31% no mesmo período.
Esse movimento criou um novo padrão:
➡️ investidores estão fugindo de empresas que crescem sem lucro,
➡️ e migrando para negócios previsíveis, recorrentes e com caixa positivo.
É por isso que startups early-stage sem tração perderam até 60% do valuation que tinham em 2021, enquanto PMEs com histórico comprovado, lucro estável e dependência baixa dos sócios passaram a atingir múltiplos nunca vistos desde 2019.
O valuation não é mais sobre “potencial”, e sim sobre eficiência, retenção, margem e risco real.
🔍 Investidores ficaram mais criteriosos — e totalmente data-driven
O primeiro grande fator da mudança é macroeconômico: a Selic a 15% em meados de 2025 tornou o capital mais caro e reduziu drasticamente a tolerância a risco. Fundos como Redpoint, Kaszek e Monashees deixaram claro:
➡️ não investem mais em empresas que não mostram margens claras e eficiência operacional.
Hoje, para rodadas Série A e B, os requisitos incluem:
- margem bruta mínima de 60%,
- crescimento consistente,
- previsibilidade de receita,
- organização fiscal e contábil,
- modelo escalável sem dependência do fundador.
Além disso, a famosa “Rule of 40” voltou com força total.
💬 Para quem não conhece: “Rule of 40 = taxa de crescimento (%) + margem EBITDA (%) ≥ 40”.
Empresas abaixo desse limite são consideradas de alto risco e recebem múltiplos muito menores.
🔗 Veja também: Análise recente da McKinsey sobre eficiência em startups (2025).
💰 Recorrência virou o novo petróleo do valuation
Se existe uma palavra que define o valuation em 2026 é recorrência. Empresas com assinaturas, contratos anuais ou receitas repetitivas continuam sendo as mais valorizadas.
No setor SaaS, os dados são claros:
📈 Múltiplos reais de ARR no Brasil em 2026

(Fonte: Distrito + base interna Negócios Brasil, 187 transações 2024–2025)
A regra é simples:
➡️ quanto menor o churn, maior o múltiplo.
E a diferença é brutal: passar de 7% para 3% de churn pode triplicar o valuation de um SaaS.
📌 Leitura complementar:
Avaliação de startups: quais métodos funcionam no Brasil?
🚀 PMEs nunca valeram tanto — e estão disputadas entre investidores
Enquanto startups enfrentam filtros mais duros, as PMEs com estrutura profissionalizada estão em seu melhor momento na última década.
Segundo dados da TTR/KPMG, foram registradas 191 transações de PMEs em 2024–2025, o maior número desde 2019. A explicação é simples: investidores querem negócios já lucrativos, com fluxo de caixa previsível e riscos menores.
📊 Múltiplos reais de EBITDA no Brasil em 2026
(Fonte: Questum M&A + 412 deals analisados 2023–2025)
| Setor | Múltiplo de EBITDA | Observações |
|---|---|---|
| Clínicas e saúde | 5,5x – 8x | pode chegar a 10x com marca forte |
| Logística e transportes | 5x – 7x | Frete.com pagou 7,2x |
| Energia renovável/solar | 6x – 9x | boom pós-leilões 2025 |
| Agronegócio (insumos/silos) | 5x – 7x | alta previsibilidade |
| Serviços B2B recorrentes | 4,5x – 6,5x | Neon pagou 6,8x em ERP |
| Varejo físico organizado | 3x – 5x | depende fortemente do estoque |
📌 Leitura complementar:
Como calcular o valor de mercado de uma pequena empresa
🧱 Os fatores que mais aumentam (ou derrubam) o valuation em 2026

A seguir, o conjunto de critérios que realmente mudam o preço de uma startup ou PME:
⭐ Churn mensal abaixo de 3%
É o indicador mais valorizado pelos fundos. Empresas que atingem essa marca podem ganhar 2x a 3x a mais no múltiplo.
💹 Margem bruta acima de 70%
Negócios eficientes atraem compradores estratégicos e investidores institucionais.
🛡️ Moat real
Barreiras de entrada como tecnologia proprietária, rede logística, contratos longos, marca consolidada ou regulamentação favorável.
🧑💼 Baixa dependência do fundador
Se mais de 30% das vendas depende do dono, o valuation cai imediatamente.
💵 Fluxo de caixa positivo ou claro caminho até ele
PMEs com EBITDA forte e startups com runway > 18 meses recebem múltiplos melhores.
📚 Dados organizados
ERP atualizado, contabilidade auditada, demonstrações dos últimos 36 meses.
💬 Empresas desorganizadas perdem 20% a 40% de valor na due diligence.
📌 Leitura complementar:
10 erros comuns ao avaliar uma empresa (e como evitar)
📘 Exemplos reais de 2025 que comprovam o novo padrão
- QI Tech — valuation de US$ 1,2 bi (10x ARR) graças à IA proprietária + churn de 1,8%.
- ERP adquirido pela Neon — venda por R$ 87 milhões (6,8x EBITDA) com recorrência de 98%.
- Rede de clínicas em SP — vendida por 8,2x EBITDA, impulsionada por alta previsibilidade de receita.
Esses cases ilustram exatamente o que o mercado está premiando:
➡️ recorrência, margem, tecnologia, eficiência e governança.
🔗 Relatório global de SaaS – OpenView Partners (2024).
❓ FAQ — Perguntas que mais aparecem sobre valuation em 2026

📌 Startups estão valendo menos em 2026?
Sim. A maioria perdeu múltiplos desde 2021, mas startups eficientes com margem e retenção estão valendo mais do que em 2023–2024.
📌 PMEs estão valendo mais agora?
Sim. Setores lucrativos viram os múltiplos subirem cerca de 25% desde 2023.
📌 Quais setores pagam os maiores múltiplos?
Saúde, energia renovável, logística, agronegócio e SaaS com churn abaixo de 3%.
📌 Como posso saber realmente quanto minha empresa vale hoje?
A forma mais segura é usando dados reais de mercado, comparáveis e ajustes financeiros profissionais.
📌 Leitura complementar:
Quanto vale a sua empresa? 5 métodos de avaliação explicados
Avaliação online de empresas: vale a pena ou não?
🚀 Conclusão: o valuation mudou — e a oportunidade está em quem entende as novas regras
O mercado de 2026 premia empresas eficientes, organizadas, escaláveis e com previsibilidade real. Startups sem unit economics sólidos perderam espaço, enquanto PMEs maduras e bem estruturadas vivem um dos melhores momentos para venda na última década.
Quem entende os novos múltiplos, prepara dados e ajusta margens, sai na frente — e vende melhor.
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